O Índice de Susceptibilidade do Meio Físico à Inundação (ISMFI) foi desenvolvido em ambiente GIS, com base em uma metodologia multicritério, e tem por finalidade, representar de maneira qualitativa e rápida, as áreas propensas à inundação frente a eventos de precipitação intensa. Caracteriza-se como ferramenta de planejamento urbano uma vez que identifica e hierarquiza o território, ao destacar as áreas dentro de uma unidade física ou administrativa mais sujeitas a falhas da rede de drenagem. Mapeado na escala de setores censitários do IBGE, foi desenvolvido pela COPPE/UFRJ no contexto da Estratégia de Adaptação às Mudanças Climáticas da Cidade do Rio de Janeiro. O índice considera quatro diferentes critérios: • Impermeabilização do Solo: Como finalidade, este indicador busca hierarquizar e representar áreas com diferentes tipos de uso do solo quanto ao grau de impermeabilização, sinalizando, portanto, regiões com baixa capacidade de interceptação, retenção e infiltração dos volumes precipitados e, consequentemente, com maior potencial de geração e acúmulo de escoamentos superficiais. • Declividade para Drenagem: Considerado como fator determinante para o acúmulo de água sobre a superfície, é fundamental que se considere a declividade para drenagem do terreno como indicador limitante na composição do índice. Regiões relativamente planas ou com baixas declividades, apresentam a drenagem natural dificultada. Nesse indicador, o território é classificado em função de sua declividade para o escoamento superficial. • Cota Altimétrica Absoluta: Terrenos em cotas próximas ao nível do mar em geral apresentam baixa eficiência na condução e capacidade de descarga podendo ainda ter essas características agravadas pelas oscilações de maré, restringindo a saída de drenagem e causando efeito de remanso em canais de drenagem. Dessa forma, o território é classificado quanto a sua cota altimétrica em relação ao nível médio do mar. • Proximidade de Curso d’Água: Diferente do Indicador de Declividade para Drenagem (IDEC), que analisa a declividade média do terreno, o IPROX considera a declividade média das áreas próximas em direção ao curso d’água e sua respectiva distância, buscando representar as características do talvegue, bem como o acesso do excedente pluvial para as planícies adjacentes. Adaptado de: Miranda, Francis Martins. Índice de Susceptibilidade do Meio Físico a Inundações como Ferramenta para o Planejamento Urbano – Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 2016. XIX, 177p.: il.; 29,7 cm. Orientador: Marcelo Gomes Miguez Dissertação (mestrado) – UFRJ/ COPPE/ Programa de Engenharia Civil, 2016.