ArcGIS REST Services Directory Login
JSON | SOAP

Meio_Ambiente/SIG_Floresta_2018 (MapServer)

View In:   ArcGIS JavaScript   ArcGIS Online Map Viewer   ArcGIS Earth   ArcGIS Pro

Service Description:

MONITORAMENTO DA COBERTURA VEGETAL E DO USO DAS TERRAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Esta base apresenta os resultados do programa de monitoramento realizado para o ano de 2018. 

Sistema de Classificação da Cobertura Vegetal e do Uso das Terras

1. Descrição das fisionomias e feições empregadas na Classificação

Fisionomias de Mata Atlântica

Floresta Ombrófila Densa

Vegetação natural amplamente encontrada na cidade, desde as pequenas elevações até os cumes dos maciços e contrafortes. As maiores concentrações desta fisionomia estão localizadas nos grandes maciços montanhosos: Gericinó-Mendanha, Pedra Branca e Tijuca.

Sua presença está ligada aos fatores climáticos regionais tropicais, de altas temperaturas e grandes volumes de precipitação, distribuídas por quase todo o ano (IBGE, 2012). Contudo, fatores locais alteram a composição e distribuição dos fragmentos, como a altimetria, as orientações das encostas em relação ao litoral e o potencial pedológico. Além disso, a presença ou a proximidade da matriz urbana e as diferentes dimensões de cada fragmento dão à floresta uma característica de grande heterogeneidade.

Para o monitoramento, foram utilizadas para efeitos de classificação as faixas altimétricas variáveis de ocorrência (IBGE, 2012), distribuídas nas seguintes formações:

Terras Baixas: de 5 a 50 metros acima do nível do mar

Submontana: de 50 a 500 metros acima do nível do mar

Montana: de 500 a 1500 metros acima do nível do mar

A floresta urbana carioca é essencialmente secundária, termo que designa qualquer tipo de vegetação que nasce após a retirada das florestas originais. São as áreas florestais que já sofreram algum tipo de intervenção humana, apresentando três estágios de sucessão – inicial, médio e avançado (adaptados dos critérios estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 06/1994):

- Estágio Inicial - Fisionomia herbáceo/arbustiva, cobertura aberta ou fechada, com a presença de espécies predominantemente heliófilas; plantas lenhosas apresentam diâmetro à altura do peito (DAP) médio de 5 cm e altura média de até 5 metros; espécies de crescimento rápido e ciclo biológico curto; idade da comunidade até 10 anos; epífitas raras, podendo ocorrer trepadeiras; ausência de sub-bosque; serapilheira, quando existente, forma uma camada fina pouco decomposta. Algumas espécies típicas encontradas neste estágio: cambará (Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera), maricá (Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze), pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J. F. Macbr.), embaúba (Cecropia sp.) e trema (Trema micrantha (L.) Blume).

- Estágio Médio - Fisionomia arbustivo/arbórea, árvores com DAP médio variando de 10 a 20 cm e altura média variando de 5 até 12 metros; fisionomia arbustivo/arbórea, cobertura fechada com início de diferenciação em estratos e surgimento de espécies de sombra; as espécies lenhosas eliminam as componentes herbáceas ou de pequeno porte do estágio inicial; idade entre 11 e 25 anos; serrapilheira presente; árvores do estágio inicial podem permanecer, mais grossas e mais altas; sub-bosque presente. Algumas espécies típicas encontradas neste estágio: carrapeta (Guarea guidonia (L.) Sleumer), camboatá (Cupania oblongifolia Mart.), gonçalo alves (Astronium Graveolens Jacq.), Ipê cinco chagas (Sparattosperma leucanthum (Vell.) R. Schum.), pau-d’alho (Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms) e joão mole (Guapira opposita (Vell.) Reitz).

- Estágio Avançado - Fisionomia arbórea, com DAP médio de 20 cm e altura superior a 20 metros; grande variedade de espécies lenhosas; cobertura fechada formando um dossel relativamente uniforme, podendo apresentar árvores emergentes com sub-bosque já diferenciado em um ou mais estratos formados por espécies esciófilas; comunidade com idade acima de 25 anos; há cipós, trepadeiras e abundância de epífitas; serapilheira sempre presente, com intensa decomposição. Algumas espécies típicas encontradas neste estágio: canelas (gêneros Ocotea, Nectandra, Cryptocarya), figueiras (Ficus spp.), jequitibá-branco (Cariniana ianeirensis R.Knuth), jequitibá-rosa (Cariniana legalis (Mart.) Kuntze), bicuíba (Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb.), brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret) e palmito jussara (Euterpe edulis Mart.).

Formação Pioneira com influência marinha (Restinga)

Trata-se de formação com influência direta do mar que reúne vegetação de porte herbáceo, arbustivo ou arbóreo. Aparece em solos de substrato arenoso, pobres em nutrientes, como cordões de praia e dunas. Extremamente modificada pela interferência da urbanização, desta fisionomia restaram poucos fragmentos isolados, espalhados pela Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes (em especial ao redor da Lagoa de Marapendi e da Lagoinha), no terraço pós-praia de Grumari e uma grande área guarnecida pelas instalações militares da Restinga da Marambaia. Originalmente e até a década de 1950, ocupava grandes porções da planície arenosa da Baixada de Jacarepaguá, ladeando de forma exuberante com manguezais, lagoas e brejos; formava uma comunidade complexa com diversos ambientes característicos, incluindo dunas, praias, cordões arenosos, e depressões. Espécies características ainda presentes: no estrato herbáceo, salsa-da-praia (Ipomoea pes-caprae), mangue-da-praia (Scaevola plumieri), capim-da-praia (Panicum racemosum) e capim-da-areia (Sporobolus virginicus); no estrato arbustivo, aroeira (Schinus terebinthifolius), Cereus fernambucensis, camboatá-branco (Cupania emarginata Cambess.), e Eugenia copacabanensis Kiaersk; nestrato arbóreo, ingá-da-restinga (Inga marítima), pau-pombo (Tapirira guianensis Aubl.) e capororoca (Myrsine sp.).

Formação Pioneira com influência flúvio-marinha (Manguezal)

Ecossistema costeiro que ocorre na transição entre os ambientes terrestre e marinho, em regiões que sofrem influência direta do regime das marés, como enseadas, baías, desembocaduras de rios e margens de lagunas. Atualmente, pode ser encontrado em pequenas porções nas enseadas da Baía de Guanabara, nas margens das lagoas da Barra da Tijuca e na praia das Brisas, em Pedra de Guaratiba e ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas; em grandes porções, os manguezais se espalham pela foz dos Canais de São Fernando e Guandu, em Santa Cruz, na Reserva Biológica de Guaratiba e na Restinga da Marambaia.

Está dividida em duas formações:

Manguezal propriamente dito - São constituídos por espécies vegetais lenhosas típicas, além de micro e macroalgas, adaptadas à grande amplitude de salinidade e capazes de colonizar substrato predominantemente não consolidado. Espécies características: mangue-preto (Avicennia schaueriana Stapf & Leechm. ex Moldenke), mangue-branco (Laguncularia racemosa C.F.Gaertn.), mangue-vermelho (Rhizophora mangle L. ).

Campo Salino ou Apicum  - São áreas relativamente planas, hipersalinas, colonizadas por vegetação herbácea e que apresentam períodos de inundação marinha, seguido de secamento. Espécie característica: Spartina alterniflora.

Formação  Pioneira com influência flúvio-lacustre (Brejo)

Áreas sujeitas à condição de encharcamento permanente do solo.  Ocorrem nos antigos planícies sedimentares formados entre os cordões de restinga e as elevações montanhosas. Ecossistemas paludiais ocupavam no passado grandes extensões na baixada de Jacarepaguá onde se localizavam os maiores alagados do Rio de Janeiro, conhecidos como Campos de Sernambetiba, ainda hoje coberta por vegetação herbácea típica, mas sob processo de feérica substituição para usos urbanos. Este vasto brejal é cortado por diversos canais artificiais. As matas paludosas (arbóreas), por sua vez, usualmente se estabelecem na faixa de 5 metros acima do nível do mar (Prefeitura do Rio, 1998). Eram bem significativas e ocupavam o entorno dos Morros como ilhas circundadas por matas alagadiças densas. Consistem em uma mata perenifólia, com troncos eretos, em geral sem raízes tabulares, e com densa vegetação arbustiva no estrato inferior. Nesses terrenos encharcados encontram-se, historicamente, além de várias palmeiras, a caixeta ou tabebuia (Tabebuia cassinoides) cuja madeira, branca e muito leve, foi muito utilizada na fabricação de tamancos, colheres de pau e objetos leves. Há autores que a classificam como “Floresta Permanentemente Inundada”, considerando-as como um tipo de comunidade vegetal de restinga (Prefeitura do Rio, 1998). As formações encontradas são:

Brejo herbáceo - Os alagadiços encontram-se bastante alterados pelos canais de drenagem e por aterros. Verifica-se sobre o solo úmido e turfoso espécies como Cyperus polystachyos, C. surinamensis e Taboa (Thypha domingensis).

Mata paludosa - Encontra-se praticamente extinta na baixada, com alguns remanescentes mais expressivos no encontro das avenidas das Américas com a Salvador Allende (APA das Tabebuias) e entre a avenida Salvador Allende e a estrada dos Bandeirantes, em terreno contiguo ao empreendimento Ilha Pura. Dada a grande concentração da espécie Tabebuia cassinoides (caixeta), costuma-se informalmente designar essa feição de “caixetal”.

Afloramento rochoso

Inclui os afloramentos de rocha de origem natural e os costões rochosos, com ou sem vegetação rupestre. Quando presente, a vegetação típica é adaptada à exiguidade do solo e às características do  relevo. Podem ser encontradas espécies das famílias Bromeliaceae, Orchidaceae e Amaryllidaceae (SMAC, 1999).


Feições de Antropismos e outras classes de cobertura

Área Urbana

Nesta feição foram consideradas as áreas de uso urbano, estruturadas por edificações e sistema viário, onde predominam as superfícies artificiais não agrícolas. Estão incluídas nesta categoria a área edificada, áreas de rodovias, serviços e transporte, energia, comunicações e terrenos associados, áreas ocupadas por indústrias, complexos industriais e comerciais e instituições que, em alguns casos, se encontram isolados das áreas urbanas. As áreas urbanizadas podem ser contínuas, onde as áreas vegetadas são excepcionais, ou descontínuas, onde as áreas vegetadas ocupam superfícies mais significativas.

Solo Exposto

Nesta feição estão inclusas áreas onde houve atividades antrópicas que propiciaram a retirada da camada superficial do solo ou substituição da mesma por lançamento de material para aterro. Inclui também áreas de deslizamentos de terra recentes de origem natural. Vale salientar que esta classe corresponde a uma situação de provável caráter temporário.

Atividade de Extração Mineral

Inclui áreas de extração de substâncias minerais diversas, na forma de lavras e minas.

Agricultura

Nesta classe foram definidos os cultivos e áreas com atividade de pecuária, situadas em sua grande maioria na zona oeste. Inclui as lavouras temporárias de ciclos de curta ou média duração que, após a produção, podem deixar o terreno disponível para novo plantio. Destacam-se neste caso os cultivos de olerícolas e ornamentais, nas baixadas e no terço inferior das encostas. As lavouras permanentes aparecem em geral junto às encostas e formam um conjunto pouco heterogêneo formado por bananais, coqueirais, mangueirais e outras frutíferas.

Vegetação arbórea não florestal

Incluíram-se nesta tipologia, as centenas de massas arbóreas não enquadradas nas demais categorias de cobertura vegetal nativa que ocorrem em terrenos domiciliares, industriais, parques urbanos, clubes esportivos e de lazer, lotes públicos e particulares não ocupados ou abandonados. Nesta tipologia é comum a ocorrência de grupos de árvores de espécies invasoras (“leucenais”), pomares residuais, pequenos bosques paisagísticos e ainda indivíduos arbóreos remanescentes vivendo em pequenos grupos.

Para diferenciá-la de grupos de indivíduos arbóreos em meio à matriz urbana que formam dossel contínuo, ela deve se estabelecer  sobre solo permeável, não coberto com mantos de asfalto, pedras, cimento ou similares.

Dentre as espécies mais características desta fisionomia tão peculiar, pode se encontrar: sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.), jaqueira (Artocarpus heterophyllus Lam.), areca-bambu (Dypsis lutescens (H.Wendl.) Beentje & J.Dransf)., mangueira (Mangifera indica L.), pau-formiga (Triplaris americana L.), carrapeta (Guarea guidonia (L.) Sleumer), ipê-cinco-chagas (Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum.) e leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit).

Vegetação gramíneo-lenhosa

Esta classe engloba a vegetação predominantemente herbácea, com raros arbustos e subarbustos menos desenvolvidos e/ou ausência completa de árvores. Apresenta cobertura vegetal campestre formada por um tapete graminóide, em algumas áreas com o solo exposto, com poucas plantas lenhosas, raquíticas, que ocupam áreas onde a vegetação original foi retirada por diversas práticas, incluindo as queimadas, para implantação de diferentes tipos de uso. A espécie graminoide característica dessa feição é o capim-colonião (Megathyrsus maximus), disseminado por quase todo o território municipal em áreas que sofreram degradação.

Reflorestamento

Representa as áreas dos projetos de restauração ecológica, executados através da introdução de espécies arbóreas nativas ou exóticas, através do plantio direto de mudas e a condução da regeneração natural pela Secretária Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura do Rio). As áreas de reflorestamento são muito heterogêneas e apresentam diferentes idades de implantação e grau de desenvolvimento.

Os projetos de reflorestamento, na sua grande maioria, estão localizados nas encostas dos morros, com maior preponderância na vertente norte, e encontram-se distribuídos por todas as regiões do município. 

Corpos d’água

Corpos d’água naturais e artificiais, separados pelos que são de origem costeira inclusos na área de mapeamento e os de origem continental, como rios, canais, lagos e lagoas de água doce, represas, açudes etc.

Praia

Áreas de substrato arenoso do litoral, com pouca ou nenhuma vegetação. Passaram por diversas modificações ao longo da história urbana, com intervenções de “engorda” da faixa de areia ou retirada de material sedimentar. O perfil de praia foi também profundamente alterado junto com o perfil da costa. Originalmente, era um dos ambientes que compunham a vegetação de restinga e atualmente poucos trechos de praia mantém cobertura vegetal nativa, seja por intervenção humana em projetos de recuperação (Ipanema, Prainha) ou permanência desta vegetação (Recreio, Reserva, Grumari e Marambaia).




2. Legenda da Classificação

GRUPO

Classe

Formações

Estágio Sucessional

Sigla

Cobertura Natural

Floresta Ombrófila Densa

Terras Baixas

Inicial, Médio, Avançado

V1b, V2b, V3b

Submontana

Inicial, Médio, Avançado

V1s, V2s, V3s

Montana

Inicial, Médio, Avançado

V1m, V2m, V3m

Formação Pioneira com influência marinha

Herbácea

-

Rh

Arbustiva

-

Rb

Arbórea

-

Ra

Formação Pioneira com influência flúvio-marinha

Manguezal

-

Ma

Campo Salino

-

Mh

Formação Pioneira com influência flúvio-lacustre

Brejo herbáceo

-

Bh

Mata Paludosa

-

Bm

Afloramento Rochoso

Sem vegetação rupestre

-

Afs

Com vegetação rupestre

-

Afc

Antropismo

Uso agrícola

Lavoura Permanente

Agp

Lavoura Temporária

Agt

Agrofloresta

Agf

Pecuária

Ap

Reflorestamento

Rf

Vegetação arbórea não florestal

Parques Urbanos

Vap

Bosques Privados

Vab

Pomares

Vaf

Outras áreas arborizadas

Vao

Vegetação gramíneo-lenhosa

Vg

Áreas Urbanas

Au

Atividades de Extração Mineral

Em

Solo exposto

Se

Outros

Corpos d’água continentais

Con

Corpos d’água costeiros

Cos

Praia

P




Fontes:  
  • Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução no. 06, de 04 de maio de 1994: “Estabelece definições e parâmetros mensuráveis para análise de sucessão ecológica da Mata Atlântica no Rio de Janeiro”. Publicação DOU nº 101, de 30/05/1994, págs. 7913-7914.
  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Manual Técnico da Vegetação Brasileira. 2ª. edição. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.
  • Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Desenvolvimento de legenda e classificação da cobertura natural e antropismos ocorrentes no maciço do Mendanha. Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP). Elaborado por Luis Góes Filho e Manoel Messias Santos. 2007
  • Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Estudo de Impacto Ambiental para o Projeto de Recuperação Ambiental da Macrobacia de Jacarepaguá. Diagnóstico do Meio Biótico. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 1998.
  • Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Inventário da Cobertura Arbórea da Cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 2016. 
  • Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Mapeamento e Caracterização do Uso das Terras e Cobertura Vegetal do Rio de Janeiro entre os anos de 1984 e 1999. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 2000.


Map Name: SIG Floresta 2018

Legend

All Layers and Tables

Dynamic Legend

Dynamic All Layers

Layers: Description: MONITORAMENTO DA COBERTURA VEGETAL E DO USO DAS TERRAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROEsta base apresenta os resultados do programa de monitoramento realizado para o ano de 2018. Sistema de Classificação da Cobertura Vegetal e do Uso das Terras1. Descrição das fisionomias e feições empregadas na ClassificaçãoFisionomias de Mata AtlânticaFloresta Ombrófila DensaVegetação natural amplamente encontrada na cidade, desde as pequenas elevações até os cumes dos maciços e contrafortes. As maiores concentrações desta fisionomia estão localizadas nos grandes maciços montanhosos: Gericinó-Mendanha, Pedra Branca e Tijuca.Sua presença está ligada aos fatores climáticos regionais tropicais, de altas temperaturas e grandes volumes de precipitação, distribuídas por quase todo o ano (IBGE, 2012). Contudo, fatores locais alteram a composição e distribuição dos fragmentos, como a altimetria, as orientações das encostas em relação ao litoral e o potencial pedológico. Além disso, a presença ou a proximidade da matriz urbana e as diferentes dimensões de cada fragmento dão à floresta uma característica de grande heterogeneidade.Para o monitoramento, foram utilizadas para efeitos de classificação as faixas altimétricas variáveis de ocorrência (IBGE, 2012), distribuídas nas seguintes formações:Terras Baixas: de 5 a 50 metros acima do nível do marSubmontana: de 50 a 500 metros acima do nível do marMontana: de 500 a 1500 metros acima do nível do marA floresta urbana carioca é essencialmente secundária, termo que designa qualquer tipo de vegetação que nasce após a retirada das florestas originais. São as áreas florestais que já sofreram algum tipo de intervenção humana, apresentando três estágios de sucessão – inicial, médio e avançado (adaptados dos critérios estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 06/1994):- Estágio Inicial - Fisionomia herbáceo/arbustiva, cobertura aberta ou fechada, com a presença de espécies predominantemente heliófilas; plantas lenhosas apresentam diâmetro à altura do peito (DAP) médio de 5 cm e altura média de até 5 metros; espécies de crescimento rápido e ciclo biológico curto; idade da comunidade até 10 anos; epífitas raras, podendo ocorrer trepadeiras; ausência de sub-bosque; serapilheira, quando existente, forma uma camada fina pouco decomposta. Algumas espécies típicas encontradas neste estágio: cambará (Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera), maricá (Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze), pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J. F. Macbr.), embaúba (Cecropia sp.) e trema (Trema micrantha (L.) Blume).- Estágio Médio - Fisionomia arbustivo/arbórea, árvores com DAP médio variando de 10 a 20 cm e altura média variando de 5 até 12 metros; fisionomia arbustivo/arbórea, cobertura fechada com início de diferenciação em estratos e surgimento de espécies de sombra; as espécies lenhosas eliminam as componentes herbáceas ou de pequeno porte do estágio inicial; idade entre 11 e 25 anos; serrapilheira presente; árvores do estágio inicial podem permanecer, mais grossas e mais altas; sub-bosque presente. Algumas espécies típicas encontradas neste estágio: carrapeta (Guarea guidonia (L.) Sleumer), camboatá (Cupania oblongifolia Mart.), gonçalo alves (Astronium Graveolens Jacq.), Ipê cinco chagas (Sparattosperma leucanthum (Vell.) R. Schum.), pau-d’alho (Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms) e joão mole (Guapira opposita (Vell.) Reitz).- Estágio Avançado - Fisionomia arbórea, com DAP médio de 20 cm e altura superior a 20 metros; grande variedade de espécies lenhosas; cobertura fechada formando um dossel relativamente uniforme, podendo apresentar árvores emergentes com sub-bosque já diferenciado em um ou mais estratos formados por espécies esciófilas; comunidade com idade acima de 25 anos; há cipós, trepadeiras e abundância de epífitas; serapilheira sempre presente, com intensa decomposição. Algumas espécies típicas encontradas neste estágio: canelas (gêneros Ocotea, Nectandra, Cryptocarya), figueiras (Ficus spp.), jequitibá-branco (Cariniana ianeirensis R.Knuth), jequitibá-rosa (Cariniana legalis (Mart.) Kuntze), bicuíba (Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb.), brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret) e palmito jussara (Euterpe edulis Mart.).Formação Pioneira com influência marinha (Restinga)Trata-se de formação com influência direta do mar que reúne vegetação de porte herbáceo, arbustivo ou arbóreo. Aparece em solos de substrato arenoso, pobres em nutrientes, como cordões de praia e dunas. Extremamente modificada pela interferência da urbanização, desta fisionomia restaram poucos fragmentos isolados, espalhados pela Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes (em especial ao redor da Lagoa de Marapendi e da Lagoinha), no terraço pós-praia de Grumari e uma grande área guarnecida pelas instalações militares da Restinga da Marambaia. Originalmente e até a década de 1950, ocupava grandes porções da planície arenosa da Baixada de Jacarepaguá, ladeando de forma exuberante com manguezais, lagoas e brejos; formava uma comunidade complexa com diversos ambientes característicos, incluindo dunas, praias, cordões arenosos, e depressões. Espécies características ainda presentes: no estrato herbáceo, salsa-da-praia (Ipomoea pes-caprae), mangue-da-praia (Scaevola plumieri), capim-da-praia (Panicum racemosum) e capim-da-areia (Sporobolus virginicus); no estrato arbustivo, aroeira (Schinus terebinthifolius), Cereus fernambucensis, camboatá-branco (Cupania emarginata Cambess.), e Eugenia copacabanensis Kiaersk; no estrato arbóreo, ingá-da-restinga (Inga marítima), pau-pombo (Tapirira guianensis Aubl.) e capororoca (Myrsine sp.).Formação Pioneira com influência flúvio-marinha (Manguezal)Ecossistema costeiro que ocorre na transição entre os ambientes terrestre e marinho, em regiões que sofrem influência direta do regime das marés, como enseadas, baías, desembocaduras de rios e margens de lagunas. Atualmente, pode ser encontrado em pequenas porções nas enseadas da Baía de Guanabara, nas margens das lagoas da Barra da Tijuca e na praia das Brisas, em Pedra de Guaratiba e ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas; em grandes porções, os manguezais se espalham pela foz dos Canais de São Fernando e Guandu, em Santa Cruz, na Reserva Biológica de Guaratiba e na Restinga da Marambaia.Está dividida em duas formações:Manguezal propriamente dito - São constituídos por espécies vegetais lenhosas típicas, além de micro e macroalgas, adaptadas à grande amplitude de salinidade e capazes de colonizar substrato predominantemente não consolidado. Espécies características: mangue-preto (Avicennia schaueriana Stapf & Leechm. ex Moldenke), mangue-branco (Laguncularia racemosa C.F.Gaertn.), mangue-vermelho (Rhizophora mangle L. ).Campo Salino ou Apicum  - São áreas relativamente planas, hipersalinas, colonizadas por vegetação herbácea e que apresentam períodos de inundação marinha, seguido de secamento. Espécie característica: Spartina alterniflora.Formação  Pioneira com influência flúvio-lacustre (Brejo)Áreas sujeitas à condição de encharcamento permanente do solo.  Ocorrem nos antigos planícies sedimentares formados entre os cordões de restinga e as elevações montanhosas. Ecossistemas paludiais ocupavam no passado grandes extensões na baixada de Jacarepaguá onde se localizavam os maiores alagados do Rio de Janeiro, conhecidos como Campos de Sernambetiba, ainda hoje coberta por vegetação herbácea típica, mas sob processo de feérica substituição para usos urbanos. Este vasto brejal é cortado por diversos canais artificiais. As matas paludosas (arbóreas), por sua vez, usualmente se estabelecem na faixa de 5 metros acima do nível do mar (Prefeitura do Rio, 1998). Eram bem significativas e ocupavam o entorno dos Morros como ilhas circundadas por matas alagadiças densas. Consistem em uma mata perenifólia, com troncos eretos, em geral sem raízes tabulares, e com densa vegetação arbustiva no estrato inferior. Nesses terrenos encharcados encontram-se, historicamente, além de várias palmeiras, a caixeta ou tabebuia (Tabebuia cassinoides) cuja madeira, branca e muito leve, foi muito utilizada na fabricação de tamancos, colheres de pau e objetos leves. Há autores que a classificam como “Floresta Permanentemente Inundada”, considerando-as como um tipo de comunidade vegetal de restinga (Prefeitura do Rio, 1998). As formações encontradas são:- Brejo herbáceo - Os alagadiços encontram-se bastante alterados pelos canais de drenagem e por aterros. Verifica-se sobre o solo úmido e turfoso espécies como Cyperus polystachyos, C. surinamensis e Taboa (Thypha domingensis).- Mata paludosa - Encontra-se praticamente extinta na baixada, com alguns remanescentes mais expressivos no encontro das avenidas das Américas com a Salvador Allende (APA das Tabebuias) e entre a avenida Salvador Allende e a estrada dos Bandeirantes, em terreno contiguo ao empreendimento Ilha Pura. Dada a grande concentração da espécie Tabebuia cassinoides (caixeta), costuma-se informalmente designar essa feição de “caixetal”.Afloramento rochosoInclui os afloramentos de rocha de origem natural e os costões rochosos, com ou sem vegetação rupestre. Quando presente, a vegetação típica é adaptada à exiguidade do solo e às características do  relevo. Podem ser encontradas espécies das famílias Bromeliaceae, Orchidaceae e Amaryllidaceae (SMAC, 1999).Feições de Antropismos e outras classes de coberturaÁrea UrbanaNesta feição foram consideradas as áreas de uso urbano, estruturadas por edificações e sistema viário, onde predominam as superfícies artificiais não agrícolas. Estão incluídas nesta categoria a área edificada, áreas de rodovias, serviços e transporte, energia, comunicações e terrenos associados, áreas ocupadas por indústrias, complexos industriais e comerciais e instituições que, em alguns casos, se encontram isolados das áreas urbanas. As áreas urbanizadas podem ser contínuas, onde as áreas vegetadas são excepcionais, ou descontínuas, onde as áreas vegetadas ocupam superfícies mais significativas.Solo ExpostoNesta feição estão inclusas áreas onde houve atividades antrópicas que propiciaram a retirada da camada superficial do solo ou substituição da mesma por lançamento de material para aterro. Inclui também áreas de deslizamentos de terra recentes de origem natural. Vale salientar que esta classe corresponde a uma situação de provável caráter temporário.Atividade de Extração MineralInclui áreas de extração de substâncias minerais diversas, na forma de lavras e minas.AgriculturaNesta classe foram definidos os cultivos e áreas com atividade de pecuária, situadas em sua grande maioria na zona oeste. Inclui as lavouras temporárias de ciclos de curta ou média duração que, após a produção, podem deixar o terreno disponível para novo plantio. Destacam-se neste caso os cultivos de olerícolas e ornamentais, nas baixadas e no terço inferior das encostas. As lavouras permanentes aparecem em geral junto às encostas e formam um conjunto pouco heterogêneo formado por bananais, coqueirais, mangueirais e outras frutíferas.Vegetação arbórea não florestalIncluíram-se nesta tipologia, as centenas de massas arbóreas não enquadradas nas demais categorias de cobertura vegetal nativa que ocorrem em terrenos domiciliares, industriais, parques urbanos, clubes esportivos e de lazer, lotes públicos e particulares não ocupados ou abandonados. Nesta tipologia é comum a ocorrência de grupos de árvores de espécies invasoras (“leucenais”), pomares residuais, pequenos bosques paisagísticos e ainda indivíduos arbóreos remanescentes vivendo em pequenos grupos.Para diferenciá-la de grupos de indivíduos arbóreos em meio à matriz urbana que formam dossel contínuo, ela deve se estabelecer  sobre solo permeável, não coberto com mantos de asfalto, pedras, cimento ou similares.Dentre as espécies mais características desta fisionomia tão peculiar, pode se encontrar: sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.), jaqueira (Artocarpus heterophyllus Lam.), areca-bambu (Dypsis lutescens (H.Wendl.) Beentje & J.Dransf)., mangueira (Mangifera indica L.), pau-formiga (Triplaris americana L.), carrapeta (Guarea guidonia (L.) Sleumer), ipê-cinco-chagas (Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum.) e leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit).Vegetação gramíneo-lenhosaEsta classe engloba a vegetação predominantemente herbácea, com raros arbustos e subarbustos menos desenvolvidos e/ou ausência completa de árvores. Apresenta cobertura vegetal campestre formada por um tapete graminóide, em algumas áreas com o solo exposto, com poucas plantas lenhosas, raquíticas, que ocupam áreas onde a vegetação original foi retirada por diversas práticas, incluindo as queimadas, para implantação de diferentes tipos de uso. A espécie graminoide característica dessa feição é o capim-colonião (Megathyrsus maximus), disseminado por quase todo o território municipal em áreas que sofreram degradação.ReflorestamentoRepresenta as áreas dos projetos de restauração ecológica, executados através da introdução de espécies arbóreas nativas ou exóticas, através do plantio direto de mudas e a condução da regeneração natural pela Secretária Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura do Rio). As áreas de reflorestamento são muito heterogêneas e apresentam diferentes idades de implantação e grau de desenvolvimento.Os projetos de reflorestamento, na sua grande maioria, estão localizados nas encostas dos morros, com maior preponderância na vertente norte, e encontram-se distribuídos por todas as regiões do município. Corpos d’águaCorpos d’água naturais e artificiais, separados pelos que são de origem costeira inclusos na área de mapeamento e os de origem continental, como rios, canais, lagos e lagoas de água doce, represas, açudes etc.PraiaÁreas de substrato arenoso do litoral, com pouca ou nenhuma vegetação. Passaram por diversas modificações ao longo da história urbana, com intervenções de “engorda” da faixa de areia ou retirada de material sedimentar. O perfil de praia foi também profundamente alterado junto com o perfil da costa. Originalmente, era um dos ambientes que compunham a vegetação de restinga e atualmente poucos trechos de praia mantém cobertura vegetal nativa, seja por intervenção humana em projetos de recuperação (Ipanema, Prainha) ou permanência desta vegetação (Recreio, Reserva, Grumari e Marambaia).2. Legenda da ClassificaçãoGRUPOClasseFormaçõesEstágio SucessionalSiglaCobertura NaturalFloresta Ombrófila DensaTerras BaixasInicial, Médio, AvançadoV1b, V2b, V3bSubmontanaInicial, Médio, AvançadoV1s, V2s, V3sMontanaInicial, Médio, AvançadoV1m, V2m, V3mFormação Pioneira com influência marinhaHerbácea-RhArbustiva-RbArbórea-RaFormação Pioneira com influência flúvio-marinhaManguezal-MaCampo Salino-MhFormação Pioneira com influência flúvio-lacustreBrejo herbáceo-BhMata Paludosa-BmAfloramento RochosoSem vegetação rupestre-AfsCom vegetação rupestre-AfcAntropismoUso agrícolaLavoura PermanenteAgpLavoura TemporáriaAgtAgroflorestaAgfPecuáriaApReflorestamentoRfVegetação arbórea não florestalParques UrbanosVapBosques PrivadosVabPomaresVafOutras áreas arborizadasVaoVegetação gramíneo-lenhosaVgÁreas UrbanasAuAtividades de Extração MineralEmSolo expostoSeOutrosCorpos d’água continentaisConCorpos d’água costeirosCosPraiaPFontes:  Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução no. 06, de 04 de maio de 1994: “Estabelece definições e parâmetros mensuráveis para análise de sucessão ecológica da Mata Atlântica no Rio de Janeiro”. Publicação DOU nº 101, de 30/05/1994, págs. 7913-7914.Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Manual Técnico da Vegetação Brasileira. 2ª. edição. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Desenvolvimento de legenda e classificação da cobertura natural e antropismos ocorrentes no maciço do Mendanha. Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP). Elaborado por Luis Góes Filho e Manoel Messias Santos. 2007Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Estudo de Impacto Ambiental para o Projeto de Recuperação Ambiental da Macrobacia de Jacarepaguá. Diagnóstico do Meio Biótico. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 1998.Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Inventário da Cobertura Arbórea da Cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 2016. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Mapeamento e Caracterização do Uso das Terras e Cobertura Vegetal do Rio de Janeiro entre os anos de 1984 e 1999. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 2000.

Service Item Id: c7d4c468fd324c10bad6660bc086e859

Copyright Text: Secretaria do Meio Ambiente e Clima, PCRJ

Spatial Reference: 31983  (31983)


Single Fused Map Cache: false

Initial Extent: Full Extent: Units: esriMeters

Supported Image Format Types: PNG32,PNG24,PNG,JPG,DIB,TIFF,EMF,PS,PDF,GIF,SVG,SVGZ,BMP

Document Info: Supports Dynamic Layers: true

Resampling: false

MaxRecordCount: 2000

MaxImageHeight: 4096

MaxImageWidth: 4096

Supported Query Formats: JSON, geoJSON, PBF

Supports Query Data Elements: true

Min Scale: 0

Max Scale: 0

Supports Datum Transformation: true



Child Resources:   Info   Dynamic Layer

Supported Operations:   Export Map   Identify   QueryLegends   QueryDomains   Find   Return Updates